Ontem era criança com apenas seis anos de idade, sob "autoridade" do ensino angolano, e só pensava em acabar o ensino médio.
Hoje, faltando-me apenas duas semanas para acabar o tão esperado ensino médio, vêem dúvidas e talvéz algumas reclamações.
Uns dizem que as escolas públicas são piores que os colégios privados, e outros são de opinião contrária.
Na minha opinião tudo é a mesma coisa, enquanto que na pública os professores faltam sem exagero 10 vezes por trimestre, na privada tentam fechar-nos os olhos dizendo para continuar no interior do recinto. Mas agora digam-me, para quê? Para que o papá mais atento ao seu filho fique com uma boa impressão do colégio?. De nada adianta se o filho, interessado em saber e ser alguém, se rejubilar para com o seu pai.
O ensino em Angola está degradado e não é de hoje, pior ainda, com a nova metodologia de ensino implementada em Angola há sensivelmente dois anos, em que o estudante é avaliado todos os dias e que 1º, 2º e o 3º trimestre correspondem a 15% + 15% + 70% respectivamente.
Que pela lógica do Exmo Sr. Mpinda Simão (Ministro da Educação) é o correcto. Mas sei que o Minstério não é apenas ele.
Só não tem cabimento um aluno que tire 20 no 1º e 2º trimestre respectivamente, e que por algum motivo no 3º trimesmtre tire uma negativa de 8 valores reprove, porque o ministério assim o impós.
Não me podem dizer que isso é imprucedente, pois todos nós, estudantes em Angola, sabemos o que passamos diáriamente.
O que está a ser feito para combater a corrupção "educacional"? O que está a ser feito para haver mais credibilidade nas instituições de ensino? O que está a ser feito para evitar faltas, que por vezes injustificadas pelos professores?
Enfim, são essas e outras perguntas que gostaria que alguém de direito me respondesse.
Tenho uma grande vontade de estudar fora, aliás, deve ser o desejo de todos os estudantes angolanos...
Não quero com isso influênciar as demais pessoas, apenas quero mostrar o meu ponto de vista.
Eu amo o meu país, amo Angola, amo porque sofreu durante 5 séculos com a colonização dos nossos actuais "compatriotas" portugueses, mas como não se deve guardar râncor... então esqueçamos o que eles nos causaram.
Amo independentemente do que tem e do que passou, mas é tempo de haver melhorias mais significativas na educação.
Na disciplina de Desenvolvimento Económico e Social enquanto falávamos sobre o milagre do Japão que consistiu no desenvolvimento rápido deste, depois da segunda guerra mundial e da guerra do Vietname houve um parágrafo que dizia "para um exército forte é preciso criar bases fortes educando-o".
Portanto, ainda haverá problemas deste gênero se não educar-mos o nosso povo.
Carlos Alberto
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