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domingo, 30 de maio de 2010

O 2º Homem de Angola, é o General dos generais‏

António França “Ndalu” , o general dos generais

> É conhecido nas chefias militares em Angola como “o general dos
> generais”. Desde que ascendeu ao Bureau Político do MPLA, ainda com
> Agostinho Neto em vida, nunca de la saiu. Partilha uma forte amizade com o Presidente da República. Ao mais alto nível do “alto conselho de
Estado” não se toma uma decisão sem o mesmo, as vezes a sua palavra chega a ser a última. Depois de JES, é ele a única pessoa que “Nandó” e
“Kopelipa” aceitam que lhes chamem atenção. Embora na penumbra, o
> general Antonio dos Santos França “Ndalu” é “a segunda figura do regime
> que mais manda em Angola”, conforme descrição de um insider. Figuras do
> circulo presidencial tratam-no por “chefe”. (no circulo do partido é
> apenas o “Camarada Ndalu”).

> O Único angolano que em Cuba tem
> estatuto semelhante ao de Ché Guevara
> Quando se forma governo, o mesmo tem direito a indicar os seus
> favoritos. Na véspera da concepção do corrente governo, sugeriu o nome
> do general Salviano Sequeira “Kianda” como seu preferido para ministro
> da defesa. A sugestão foi objectada por JES que optou pelo general
> Candido dos Santos Van-dunem “Candinho” de quem é próximo. O PR,
> entretanto, considerou a opção de “Ndalu” colocando como Vice-Ministro do
> general “Candinho”. Foi também “Ndalu”, a pessoa que transmitiu a Higino
> Carneiro de que iria sair do governo e que não deveria mostrar sinal
> de resistência algum.
>
> O seu protagonismo, em estar dentro do circulo de influencia do regime,
> foi verificado em meios atentos, quando em Fevereiro de 2006, seguiu
> viagem para o Congo-Kinshasa em substituição do general Garcia Miala que
> acabava de ser afastado do poder. A indicação de “Ndalu” levou a reflexão
> de que o facto de ter sido indigitado para cumprir uma missão de Estado,
> era sinal claro de que fazia parte da mais alta estrutura informal do
> regime angolano.
>
> O seu poder de influencia é menos notório no seio do partido do que em
> meios militares cujo prestigio é inesgotável. É ele o mentor de grandes
> oficiais generais que passaram pelo exercito angolano. Foi por sua
> influencia que o general Manuel Helder Vieira Dias “Kopelipa” saiu do GEPA
> para ser indicado chefe da Casa Militar. Foi o promotor de
> prestigiadas patentes militares como João de Matos, Roberto Leal
> Monteiro “Ngongo”, Carlos Mello Xavier, Higino Carneiro e etc. daí a
> referencia “o general dos generais”. (O general Antonio José Maria terá
> sido a única excepção que chegou ao circulo presidencial sem o seu
> empurrão)
>
> O General Antonio dos Santos França “Ndalu” nasceu na comuna do Mupa
> no Cunene, a 9 de Abril de 1938. Na casa dos 20 anos partiu para Portugal
> e estudou em Coimbra. Tinha como desporto de eleição o futebol.
> Notabilizou-se como médio no Sporting entre 1958 e 1960. Fez 12 jogos e
> integrou a Comissão de Honra do Centenário do Sporting Clube de Portugal.
>
> Aderiu ao MPLA logo após a sua fundação. A perseguição pela PIDE
> impulsionou a sua saída de Portugal para se juntar a outros nacionalistas
> que lutavam contra a opressão colonial. Foi o primeiro angolano a ser
> enviado como bolseiro para Cuba. Estudou agronomia no Instituto Superior
> de Ciências agropecuárias de Havana (ISCAH). Em Cuba, ganhou o estatuto de
> cidadão nacional semelhante a Che Guevara e ao dominicano Maximo Gomes
> que lutaram pela causa deste país. Como “cidadão cubano”, Antonio dos
> Santos França “Ndalu” jogou futebol pela selecção cubana. Estudou artes
> militares e participou na defesa da cidade de Pinar del Rio, no ocidente
> da Ilha.
>
> Ao tempo em que o MPLA precisava ter por perto os seus quadros para darem
> o seu contributo, o mesmo seguiu para a base de Belize (Cabinda). Ai terá
> conhecido uma outra combatente, Maria Mambo Café de quem veio a ser sua
> esposa. (sua actual esposa é Maria João Jardim).
>
> Na véspera da independência já estava talhado ao serviço do braço armado
> do MPLA. Era o chefe do Estado-Maior da IX Brigada que travava cerrados
> combates contra as tropas da FNLA que entre os dias 10, 11 e 12
> bombardeavam a área de quifangondo a fim de subverter a proclamação da
> nova Republica. Dois anos depois quando se decide alargar o Bureau
> Político é admitido como Secretario para Cultura e Desportos.
>
> Na ascensão de JES ao poder, o mesmo foi preservado e em Dezembro de 1981
> quando o PR procede a alterações governamentais é nomeado Vice-Ministro da
> Defesa. Sete anos depois, JES fez dele presidente da Frente-Sul
> promovendo-o a tenente-general. Passou também pelo cargo de Presidente do
> Conselho de Defesa da Frente Kwanza-Bengo até ser Chefe de Estado Maior
> das FAPLA. Com a criação das FAA, o seu cargo foi ocupado por João de
> Matos. Em Fevereiro de 1991 voltou a ser Vice-Ministro da Defesa.
>
>
>
>
> Embora seja um militar talhado, é também detentor de uma faceta de
> “homem afável e diplomata” . JES terá tomado partido deste seu lado
> confiando-o a missão de estabelecer pontes que premeditavam o fim do
> conflito armado no país. Liderou em Abril de 1989, pela parte angolana
> conversações secretas com o regime do apartheid na cidade do cabo e
> subseqüentes reuniões que se deram no Cairo. Encabeçou a delegação
> angolana na cimeira de Gbadollite no Zaire. Foi uma das principais
> figuras que em Maio de 1991 participou nos acordos de Bicesse em Portugal
> entre o MPLA e a UNITA. O chefe da delegação era Lopo do Nascimento,
> então SG do MPLA.
>
> De inicio, o então Presidente da UNITA, Jonas Savimbi aparentava ter
> “reservas” sobre ele, quando o PR, colou “Ndalu” a frente da equipa para
> dar seguimento a materialização do acordos de paz, o líder rebelde
> insinuou que estavam a “militarizar o processo” ao indicarem um
> general, em substituição de Lopo de Nascimento. Rapidamente, o general
> “Ndalu” começou a privar com Savimbi e foi ganhando a sua confiança.
> Antes dos confrontos militares “Ndalu” recebeu informações de que Savimbi
> estava a por se em fuga de Luanda. O seu comodismo quanto a informação
> que lhe foi dada, deu azo nas chefias militares a argumentações segundo a
> qual o mesmo teria “fechado os olhos” quanto a fuga do Presidente da
> UNITA, em 1992.
>
> No dia em que os confrontos armados em Luanda rebentaram, o general
> “Ndalu” recebeu um telefonema de Elias Salupeto Pena, da UNITA, a partir
> do hotel turismo pondo-o ocorrente sobre movimentações militares contra
> elementos da direcção da UNITA. em resposta teria dito “Façam o que
> poderem”. O grupo que ladeava Salupeto Pena (Abel Chivukuvuku, Carlos
> Morgado e Jeremias Chitunda) entendeu que haviam sido atirados a sua
> sorte.
>
> Logo após ao impasse, “Ndalu” foi o primeiro dirigente da parte do
> governo a restabelecer contacto com Jonas Savimbi que estava refugiado
> no Huambo. Chegou a ir ao encontro dele para restabelecer as iniciativas
> para o processo de paz. Mais tarde, o líder rebelde passou a ter reserva
> sobre o mesmo e em privado, dizia que foi engano pelo general “Ndalu” por
> se ter feito seu amigo.
>
> Em Março de 1994, JES assinou um Decreto Presidencial Nº 19 /1994
> nomeando-o para o cargo de Conselheiro Especial do Presidente da
> República. 14 meses depois fez dele Embaixador nos Estados Unidos da
> América. Funcionários de recrutamento local naquela missão diplomática
> dizem que foi o melhor embaixador angolano que tiverem. Referem que:
> “abria as portas da sua casa para a comunidade, ouvia todos os
> funcionários e não discriminava ninguém”.
>
> Era também um diplomata calculista. Quando a UNITA reivindicava ataques,
> o mesmo sem contactar Luanda fazia cálculos de probabilidade e conseguia
> prever se a UNITA a partir de uma determinada localidade tinha capacidade
> ou não de atacar determinada área ou se estava diante de uma propaganda
> militar. Saiu de Washington, a seu pedido, em Dezembro de 2000.
>
> Passou a prestar atenção aos seus negócios (é sócio da empresa de
> segurança Teleservice junto com João de Matos, Armando da Cruz Neto,
> Carlos Hendrick e outros generais de proa). Em finais de 2005 foi
> convidado para liderar a De Beer em Angola como Presidente não –
> executivo.
>
> Continua discreto no circulo de alta decisão. Quando Raul Castro vai a
> Luanda o mesmo é chamado. No mês passado fez parte de uma delegação que
> em representação do Presidente da Republica foi assistir os festejos dos
> 20 anos da independência da Namíbia.
>
> Em resumo a sua exclusividade espelha-se também por ser “o primeiro dos
> primeiros”: foi o primeiro bolseiro angolano em Cuba, foi o primeiro
> elemento a se tornar general em Angola, foi o primeiro presidente do
> clube desportivo das forças armadas, foi o primeiro e único dirigente do
> MPLA que conseguiu “subverter” Jonas Savimbi.

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